
Odeio o uso do modo imperativo.
Se me dizem, cala-te!, eu canto.
Se me dizem esconde-te!, eu exponho-me.
Quando me ordenam que me vista, me desnudo.
Se me mandam expor, vou pró meu canto.
Quando me querem falante, eu sou muda.
Se me fazem gritar, eu silencio.
Se me tentam excitar eu fico queda,
Se me querem gelada, fico em cio.
Sou égua de raça pura e alma leda,
Crinas ao vento e ventas de fome,
À espera de um jokey que me dome.
Quem julga que me domou, bem se engana.
Que eu só sonho... na minha própria cama.
Maria Seixas
2 comentários:
Outro poema não te podia definir tanto.
Ontem estavas assim...rebelde!!!Beijo
E há algum dia que ela não seja rebelde???? Ela é a própria rebeldia!!!É por isso que não consigo deixar de olhar para ela...Deixa-me domar-te ou não...mas deixa-me qualquer coisa!!!!Adoro-te.
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