quarta-feira, abril 20, 2005

Minha Poesia

A minha poesia
não é senão um lamento,
saído do fundo de minha alma
e espalhado em fragmentos,
entre letras e pensamentos.

A minha poesia
não é senão um profundo
mergulho dentro do meu âmago,
um pêndulo entre a fantasia e a realidade.
um grito rouco, solto entre linhas
rabiscos em sintonia.

A minha poesia
não é senão nus sentimentos,
recônditas emoções,
todos saídos do meu coração.
Não é senão eu mesma,
levada ao teu conhecimento,
esperando teu reconhecimento.

Maria Jania Teixeira

3 comentários:

Anónimo disse...

ISTO

Dizem que finjo ou minto

Tudo que escrevo. Não.

Eu simplesmente sinto

Com a imaginação.

Não uso o coração.



Tudo o que sonho ou passo,

O que me falha ou finda,

É como que um terraço

Sobre outra coisa ainda.

Essa coisa é que é linda.



Por isso escrevo em meio

Do que não está ao pé,

Livre do meu enleio,

Sério do que não é.

Sentir? Sinta quem lê!



Fernando Pessoa

Aeval disse...

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Teixeira disse...

Obrigada pela consideração. Ter minha poesia no seu blog ainda me emociona, vários anos depois! Um grande abraço. M. Jania