A minha poesia
não é senão um lamento,
saído do fundo de minha alma
e espalhado em fragmentos,
entre letras e pensamentos.
A minha poesia
não é senão um profundo
mergulho dentro do meu âmago,
um pêndulo entre a fantasia e a realidade.
um grito rouco, solto entre linhas
rabiscos em sintonia.
A minha poesia
não é senão nus sentimentos,
recônditas emoções,
todos saídos do meu coração.
Não é senão eu mesma,
levada ao teu conhecimento,
esperando teu reconhecimento.
Maria Jania Teixeira
3 comentários:
ISTO
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
Obrigada pela consideração. Ter minha poesia no seu blog ainda me emociona, vários anos depois! Um grande abraço. M. Jania
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