terça-feira, março 06, 2007

Sempre


Como se os nossos corpos
rebolassem
num colchão de palavras,
nadei nos conceitos
que me sussurraste
ao ouvido,
nas frases soltas
que tomaram forma
afirmativa
do meu e do teu ser!
Gemi as exclamativas
frases que me arrancaste
do fundo do peito...
Amei-te num futuro
mais-que-perfeito!
Bani dos meus horizontes !
o modo condicional
do verbo sentir
e usei o gerundio
do gosto de sorrir...
Num complemento circunstâncial
de modo...
Amei-te!
No circunstâncial de lugar
fiquei à espera
que o circunstâncial de tempo
fosse um segundo...
do tamanho do mundo!
Antes do amo coloquei
um pronome pessoal
e a seguir um reflexo
e vi que tinha nexo
o que acabei de te dizer!
Muniste-te então
do campo lexical
de tempo...
Sob a forma
determinante
da interrogativa
e surgiu o quando?
logo seguido da verbalização
angustiada
do amanhã?
Apenas te respondi
no modo docemente
circunstancial
com a única temporal
que eu senti:

Sempre!
Cristina Fidalgo

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