
Como se os nossos corpos
rebolassem
num colchão de palavras,
nadei nos conceitos
que me sussurraste
ao ouvido,
nas frases soltas
que tomaram forma
afirmativa
do meu e do teu ser!
Gemi as exclamativas
frases que me arrancaste
do fundo do peito...
Amei-te num futuro
mais-que-perfeito!
Bani dos meus horizontes !
o modo condicional
do verbo sentir
e usei o gerundio
do gosto de sorrir...
Num complemento circunstâncial
de modo...
Amei-te!
No circunstâncial de lugar
fiquei à espera
que o circunstâncial de tempo
fosse um segundo...
do tamanho do mundo!
Antes do amo coloquei
um pronome pessoal
e a seguir um reflexo
e vi que tinha nexo
o que acabei de te dizer!
Muniste-te então
do campo lexical
de tempo...
Sob a forma
determinante
da interrogativa
e surgiu o quando?
logo seguido da verbalização
angustiada
do amanhã?
Apenas te respondi
no modo docemente
circunstancial
com a única temporal
que eu senti:
Sempre!
Cristina Fidalgo
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