
Estende as tuas mãos vazias no escuro
E toca-me suavemente no rosto
Tudo num gesto funesto sem gosto
Como palavras pintadas num muro
Estende as tuas mãos vazias no nada
Toca-me os olhos vadios cansados
E devolve-me os momentos sugados
E a alma que me levaste roubada
Vai e rompe estas cordas do presente
As amarras vãs do tempo de nós
E cala as vozes de ontem que chamam
Por fim encontra um consolo dormente
Agora que estamos os dois tão sós
Nos sorrisos dos outros que amam
João Natal
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