quarta-feira, abril 20, 2005

Errante

Errando por avenidas infinitas e desertas,
Espaço e silêncio são as recompensas da noite,
A luzes de uma cidade molhada enchem o espelho.
O pântano da rotina urbana fica para trás.
Sonho com pomares forrando a estepe,
Buscando um caminho, ignorando qualquer destino,
Descubro-me a olhar muito para além do rio.

Perdido na memória do teu sorriso incerto,
Quando finalmente paro, estou junto ao oceano.
Um velho amigo, escuta-me os pensamentos,
Sussurrando uma brisa frígida e intransigente,
Faz-me voar para fora do meu labirinto interior,
Tentando-me em emoções refrescantes.
Gentilmente, atraí-me para perto de ti,
Devo esboçar alguma resistência?

M.Daedalus

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