Sei que lá atrás
eu te pedi para não pensar adiante.
Pra ser exacta, não foi pedido,
muito mais, imposição.
Sei que te proibi o futuro,
escondida atrás de um muro
de incerteza e confusão.
Sei que os meus medos
foram tesouras nas tuas asas.
Além das tuas asas
criaram uma cerca de espinhos,
furaram teus olhos,
fecharam caminhos.
Mas antes pedi mais:
pedi que fizesses de conta.
Sei disso. De tudo.
Mea culpa, mea máxima culpa.
Agora quem voa sou eu.
Será que me emprestas
as asas que fizestes de conta
que me deixavas cortar?
Débora Cristina Denadai
1 comentário:
Fico feliz de encontrar por aqui um escrito meu. Obrigada pelo carinho. Se quiser, visite minha hp.
(http://www.deboradenadai.prosaeverso.net)
abraço carinhoso
Débora Denadai
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