quarta-feira, setembro 08, 2004

Fantasmas

O que eu fui no passado não deixa saudades
E o que sou no presente é mais do que podia esperar
A minha alma está cansada destes jogos de mortais
Onde a realidade é mentira e os sonhos ilusão
Homens quebrados nas suas esperanças destroçadas
Abraçam a obscura tranquilidade da morte
Deixando para trás pouco mais do que quando nasceram
Rumo a um futuro incerto e nunca explorado
Mas nunca perdendo a esperança
De um dia achar a sua eterna paz

Palavras que voam com o vento
Pensamentos que ecoam na minha mente
Feridas decoram o meu interior
Marcas demasiado profundas para serem esquecidas
Que todas as noites me assombram em sonhos

Demónios vestidos de negro ressurgem
Sombras de homens outrora conhecidos
Amigos que um dia significaram algo
Pessoas que confiaram em mim
Mas em que eu nunca pude confiar
Perseguido por sombras invisíveis
Fantasmas que me assustam desde criança
Olhos imaginários espreitam na escuridão
Frutos da minha mente frágil e cansada
Que sucumbe ao ar gélido que carrego nos pulmões

Dôr- essa doce inimiga que o tempo faz questão em curar
Medo- A adrenalina e emoção que faz o coração bater mais depressa
Angústia- mais um sonho despedaçado
Perdição- o regresso ao princípio de mais um fim
Morte- desconhecido que o homem teima em não aceitar

E o que foi será outra vez... Para sempre


Desconhecido

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