A morte é um alívio,
Um orgulho somente meu.
Duma vida pessimista,
Vida que já morreu.
Vejo com felicidade
A luz que no fim espero.
E da tristeza já livre,
A morte agora eu quero.
A luz do fogo apaga
Num sopro que não tem volta.
A vida que agora esmaga,
São suspiros que ela solta.
Não chores o meu alívio
Porque já não tenho mais dor.
Lá de cima vejo tudo
E a todos tenho amor.
A angústia desta vida
Já não está no coração.
E na ferida da vida
Deixo a minha solidão.
Já não rolam mais lágrimas.
Já não dói mais o coração.
E nas ilusões da vida
Os vezos que ao léu se vão.
Escrevi, ó meu amigo,
Para um abraço deixar.
A única dor que levo,
É de morrer e de te amar.
Já não estou mais junto a ti
E jaz no jazigo estou.
Da morte mando abraços
A quem um dia me amou.
Felipe da Silva
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